O silêncio que ecoa da floresta Amazônia

A crise da Amazônia é silenciosa. Há anos, a situação vem piorando gradativamente, causando efeitos em toda a população mundial. Mesmo com um grito tão estrondoso, a floresta é ignorada por líderes mundiais, estudiosos e pela população como um todo – por você, seus amigos e as pessoas ao redor. 

Os dados não mentem, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2022 o desmatamento teve um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Se isso não parece muito para você, pense que seria como perder uma parte da floresta do tamanho do estado do Sergipe. Sem aviso prévio, em menos de um ano, um estado todo seria devastado, sumindo do mapa. 

Tudo isso causa efeitos devastadores e peremptórios. Aos poucos, a mata vai se despedaçando pelo trabalho do ser humano, para cada pedaço quebrado, pode-se encontrar um culpado rastreável, mas que é isentado em quase todos os casos. 

As vozes ativistas que tentam traçar um mapa dos pedaços quebrados também são invisibilizadas, e caladas de forma permanente. 

Um dos culpados apontados por ativistas e pesquisas foge como se não houvesse amanhã: o agro. É nesse ponto que muitas pessoas se revoltam, porque até é tudo bem ser ativista da Amazônia, mas querer dar palpite no prato de comida? Já fica demais!

O que é esquecido é que tudo é político. Inclusive, o que entra e sai da sua casa e do seu prato. 

Se a população reduzisse o consumo de carne bovina em 20%, ou seja, menos do que dois dias da semana sem carne, a emissão de carbono e o desmatamento seriam reduzidos pela metade, é o que conta a pesquisa publicada pela Nature. Pode parecer que esse assunto é distante e que você é imponente, mas na realidade, escolhas e hábitos diários individuais têm um poder enorme quando colocados em comunidade. 

Mesmo que pareça difícil, junto as vozes e atitudes individuais, podem contribuir para a redução do desmatamento na Amazônia. Pode não ser um grito a plenos pulmões, mas de sussurro em sussurro, a voz da floresta antes silenciada, volta a ganhar a força que precisa. 

Escrito por: Ana Thommen

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