Mais uma de amor

Por: Camilla Pedrazzi Vaz Pimentel

Claquete batendo. 3,2,1. Gravando. Cenas de novela. O silêncio da troca de olhares. A admiração. O coração batendo mais forte. Ligações para ouvir a doce voz. Incontáveis gemidos de prazer. Múltiplos sons de beijinhos. Escutas de longos papos. Assuntos que se entrelaçam. Devagar, ele vem batendo na porta… os apaixonados escutam sua chegada. Exposta através das singelas e doces sonoridades de ouvir o primeiro “eu te amo”. Tudo muda. As músicas agora têm um porquê e um para quem. A cura tem voz, cheiro, nome e sobrenome. 

            A postura de cria. Centenas de vozes alimentando seu ego. Produções de vagabundo. Rap e funk ostentação. Falar de amor? Não, não pode ser com ele. Algo mudou. Das sonoridades de Little Hair à Little Love. Quem diria que Victor Hugo Oliveira do Nascimento um dia iria falar de amor? Ouvir sobre amor. Sentir a sonoridade de sua paixão chamando-o de vida. Com direito a música, o amor lhe cercou. 

            As mais belas palavras e melodias foram capazes de ilustrar aos ouvidos de Isabella Karolina de Campos Siqueira Carmo o amor que Victor esbanjava pela atriz. Fãs de um X-tudo e Guaravita, ao som de Minha Cura para além de uma declaração aos ouvidos de sua amada, os admiradores do casal puderam sentir através da canção o que era o amor e ter como base este romance apreciado por muitos. Por meio das doces e cativantes sinfonias, Mc Cabelinho eternizou o amor a Bella Campos.

            Rumores. Boatos. A canção previa. Diferentes vozes comentando sobre o mesmo assunto. Com elas a dor. A decepção. O desencanto. Você jurou não dar esse gosto que o povo quer. Te ver vacilando com a sua mulher, mas, vacilou. As fofocas sobre traição atingiram o ninho do amor. Silêncio. O vazio sonoro ocupou diferentes interpretações. A falta de coragem do cantor de admitir o erro, enquanto a atriz por meio, apenas de palavras, conseguia se expressar sobre o fim. 

            Melodias eternizadas através de gravações agora recebem interpretações diferentes. O que antes era o som do amor, virou o som da decepção. Um dia valeu a pena. Momentos. Memórias. Histórias. Músicas. Duas vozes que se encontraram. Juntaram-se. Agora seguem só. O amor chega, faz passagem, transforma seus ouvidos no mais belo paraíso com lindas promessas, até as falsas juras serem desvendadas.  Dois minutos e trinta e quatro segundos foram dedicados aos acordes de violão da paixão que encerrou aos poucos segundos dos boatos sobre traição.

Elencada na boca do povo, tão conhecida, falácias de amor sempre rondaram pelas vozes daqueles que se entregam a verocidade de uma paixão. Entre famosos e desconhecidos, quem não gosta de falar e ouvir sobre o amor? Ele doendo ou fazendo festa, nada como um ombro amigo, o som de uma lata de cerveja abrindo, duas cadeiras para aconchegar-se e uma mesa de bar para ouvir as mais singelas palavras desse sentimento responsável pelos atos mais exagerados, criminosos e magníficos que permeiam histórias e notícias da sociedade. Só mais um entre tantos outros que podem estar acontecendo enquanto você leu este pequeno texto.

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