Por: Sofia Volpi
Foto: Reprodução Daily Mail
Assim que a partida acabou, era unânime, Coco Gauff é uma personalidade que merece atenção. Me impressionei com a quantidade de menções que havia sobre a jogadora nas redes sociais, as mídias estavam enlouquecidas e só sabiam falar disso, quais eram os motivos?
Era necessário, Coco entra no estádio para jogar contra Laura Siegemund, que, comparada a ela, é da velha guarda do tênis – Coco tem apenas 19 anos e é promessa no esporte, sem questionamentos, ela tem truques na manga. O jogo começa! Gosto muito de tênis, sempre me atraí pelo esporte, entretanto, nunca tinha visto um jogo que senti as mesmas coisas que senti vendo Coco jogando, não dava para disfarçar o sangue em seus olhos, o que não foi aceito em muitos momentos por sua adversária.
Desde o começo da partida, Coco (e os espectadores) notou um tratamento diferente entre as atletas, uma vez que, Laura desrespeitava várias regras do esporte e nunca estava pronta para receber o saque de Coco, que era rápido tal qual um raio. Uma, duas, três, quatro, quatro vezes que a norte-americana tentou sacar e sua adversária não estava pronta, isso está certo? – conferi o regulamento no celular.
No terceiro set a jogadora de 19 anos fez – com muita classe – sua reclamação à juíza, recebendo aplausos logo em seguida. Ela se defendeu e foi ali mesmo, sua própria advogada: “Eu fui paciente a partida toda. Eu não disse nada. Na minha opinião, ela tem que estar pronta quando eu sacar!”. Pela TV, mesmo com o abafamento de sons da torcida, consegui ouvir os aplausos da arquibancada, todos ovacionaram Coco. A resposta da juíza desagrada a jogadora: “Ela é lenta e você é rápida”, até eu me surpreendi! “Será que tênis é assim mesmo?” – pensei comigo – A justificativa não era cabível.
O jogo continua e agora ela joga com mais raiva, pelo jeito, ela só queria sair daquele lugar rapidamente e com a vitória (de preferência). O som da bola de tênis mexe com a cabeça de todos, e assim, com um toque final, Coco vence a partida e seu alívio é visível, acabou, finalmente. Para a repórter local, a jogadora desabafa sobre como foi o jogo: “Slow.” (devagar), e, com suas expressões, não precisa dizer mais nada.
Coco ressignificou esse jogo para mim, o que era apenas outra partida de tênis pelo US Open se tornou questão de respeito, sem ofensas à Laura, claro, mas Coco me ganhou no primeiro saque, assim como venceu a alemã.